terça-feira, 16 de setembro de 2008

Apoena


Quando você se sentir sozinho, pegue o seu lápis e escreva.
No degrau de uma escada, à beira de uma janela,
no chão do seu quarto.

Escreva no ar, com o dedo na água,
na parede que separa o olhar vazio do outro.

Recolha a lágrima a tempo, antes que ela atravesse o sorriso
e vá pingar pelo queixo...

E quando a ponta dos dedos estiverem úmidas...
Pegue as palavras que lhe fizeram companhia
e comece a lavar
o escuro da noite...
Tanto, tanto, tanto...

Até que amanheça...


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