sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Me dá tua mão...



Guardo coisas pesadas e quase não mais flutuo, justo eu, a menina que jurava ter asas...
Há tempos, navego sem encontrar portos pelo caminho...
Lugares onde se possa parar com segurança...
Descarregar as cargas amontoadas...
Atirar o que é sobra ao mar...
Navego enquanto posso sem conseguir me livrar da bagagem...
Das pedras dentro das bolsas dos olhos...
Do cansaço enfadonho na memória...
E da nostalgia sobrecarregada no coração...
Navego, sabendo que afundar é questão de tempo...
Mas, dentro da bagagem ainda resta, bem lá no fundo, guardado no sótão da alma: A Esperança...
E nela encontro uma mão que se faz bóia e me ajuda a voltar e respirar...

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