sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sem máscaras

Finge calmarias que não sente. Resignações que não possui. Ouve frases que machucam com um plácido sorriso no rosto. Implora perdões por erros que não cometeu. Ingere mágoas e tranqüilizantes que permitem um sono sem sonhos, sem planos, sem ausências, que ela finge não sentir.

Fala frases que não acredita e ri, gargalhada triste, enquanto engole o nó que não se desfaz em sua garganta. Oculta na face serena dores inatingíveis e se obriga ao riso amargo da ironia, enquanto se veste de forte.

Chora sozinha sentada no frio piso do banheiro, deixando que a água que cai, misture-se as suas águas internas...

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