domingo, 3 de outubro de 2010

Era uma vez...


Agora eu era o herói e o meu cavalo só falava inglês.

A noiva do cowboy era você além das outras três.

Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões.

Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês...






Agora eu era o rei, era o bedel e era também juiz.

E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz.

E você era a princesa que eu fiz coroar.

E era tão linda de se admirar que andava nua pelo meu país.






Não, não fuja não, finja que agora eu era o seu brinquedo.

Eu era o seu pião, o seu bicho preferido.

Vem, me dê a mão a gente agora já não tinha medo.

No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido .




Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim.

Pra lá deste quintal era uma noite que não tem mais fim.

Pois você sumiu no mundo sem me avisar

e agora eu era um louco a perguntar:

                               O que é que a vida vai fazer de mim?

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