
Eu poderia ter gritado o que queria... Quebrado espelhos... Atirado copos contra as paredes... Poderia ter feito ameaças... Ido até você... Olhado no verde dos seus olhos a força... Beijado sua boca como quem descobre o doce de viver...
Mas não! Preferi ser compreensiva, engolir humilhações, habituar-me a indiferença com o não querer da minha presença... Preferi cimentar-me e esconder-me sob um escudo inabalável. Agora sabemos que a dureza era só fachada. No meu interior, abalos sísmicos e múltiplas rachaduras...
Tudo desmoronou...
Tudo desmoronou...
E da tragédia do terremoto, entre os meus escombros, nem você sobrou...
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